Morre Sergio Cabral, grande personagem da cultura carioca
Jornalista, escritor e ex-vereador do Rio de Janeiro recebe últimas homenagens na sede náutica do Vasco da Gama
Na manhã desta segunda-feira, 15, o corpo de Sérgio Cabral foi velado na sede náutica do Vasco da Gama, clube do coração do jornalista, na Lagoa Rodrigo de Freitas, Zona Sul do Rio. O caixão foi coberto pelas bandeiras do Vasco e das escolas de samba Portela e Mangueira.
Pai do ex-governador do Rio, Sérgio Cabral Filho, Sérgio Cabral já havia sido diagnosticado com Alzheimer há alguns anos e, após contrair pneumonia neste ano, não conseguiu se recuperar. Segundo a clínica São Vicente, onde estava internado, a morte de Sérgio Cabral ocorreu devido a complicações de um enfisema pulmonar.
Sérgio iniciou sua carreira jornalística aos 20 anos como estagiário no Diário da Noite e começou a escrever sobre música no Jornal do Brasil. Sempre declarou sua paixão pela Portela, mas também amava a Mangueira, Salgueiro e o Império Serrano. Durante a década de 1980, foi comentarista das transmissões dos desfiles de carnaval.
Como jornalista, Sérgio Cabral foi um dos fundadores de "O Pasquim" e chegou a ser preso durante a ditadura por sua participação no jornal. Escreveu quase 20 livros, incluindo biografias de Tom Jobim, Pixinguinha, Nara Leão, Grande Otelo, Ataulfo Alves e Elisabeth Cardoso.
(Sergio Cabral em desfile no carnaval/ Foto: O Globo)
Sérgio também foi vereador do Rio por três mandatos, de 1983 a 1993, e conselheiro do Tribunal de Contas do Município até 2007, quando se aposentou.
Escritor, compositor e pesquisador da música brasileira, Sérgio deixou um acervo de mais de 60 mil itens, como partituras e documentos que ajudam a contar a história da música popular brasileira, doados ao Museu da Imagem e do Som, no Rio de Janeiro.
Fonte: G1 e Correio Braziliense
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